Você usa alguma máscara?

06/10/2015 10:12

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Há todos os tipos, formas e tamanhos de máscaras. Existem máscaras com qualidade especial: transparência apenas de um lado – o mascarado pode ver a todos, mas estes não podem vê-lo. Há máscaras que oferecem ao usuário a aparência de quem viu o Senhor. Há máscaras de “fim de série de conferências”, com um toque de aparência de “monte”, que parece nunca falhar. Na verdade, todos nós usamos máscaras. Elas fazem parte da nossa roupagem. Por que usamos máscaras? Porque nós temos medo que as pessoas nos conheçam do jeito que somos. Quem afirma que nunca usou uma máscara, acaba de colocar uma pesada máscara de mentira no rosto.

Muitas vezes, as pessoas amam não quem nós somos, mas quem aparentamos ser. Amam nossa máscara, não nossa personalidade. Mui frequentemente colocamos uma máscara e usamos a fachada de uma pessoa amável, e então, as pessoas amam aquela pessoa que nós projetamos, mas, lá dentro, atrás da máscara, não somos verdadeiramente aquela pessoa. Fazemos da vida um teatro, e no palco dos relacionamentos colocamos nossas máscaras preferidas para representar o papel que as pessoas mais gostam. Na verdade, muitas vezes, chegamos a ficar impressionados com a beleza de algumas máscaras que usamos.

Quando o profeta Samuel foi à casa de Jessé para ungir um rei sobre Israel, logo ele viu Eliabe, o filho primogênito e ficou impressionado pelo seu porte, altura, beleza e boa aparência. Samuel disse consigo: “Certamente está perante o Senhor o seu ungido” (1Sm 16.6). Mas, Deus lhe repreendeu, dizendo: “Não atentes para a sua aparência, nem para a sua altura, porque o rejeitei, porque o Senhor não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o Senhor, o coração” (1Sm 16.7). A máscara que Eliabe usava era muito bonita, dava-lhe uma boa aparência, mas por dentro ele era um homem covarde, mesquinho e medroso. Mais tarde, quando os soldados de Israel estavam enfrentando o exército filisteu, Eliabe fazia coro com os medrosos, fugindo das ameaças do gigante Golias. Se isso não bastasse, Eliabe revela sua inveja de Davi, tecendo-lhe duras críticas quando este se dispôs a lutar contra o gigante insolente (1Sm 17.28-30).

Usar máscaras pode nos livrar de censuras, mas não é uma atitude segura. Não podemos afivelar máscaras em nosso rosto o tempo todo. Nem sempre as máscaras ficam bem ajustadas. Elas podem cair nas horas mais impróprias. Quando a máscara de Eliabe caiu, todos conheceram que ele era mesquinho, invejoso e covarde.

Um advogado acabara de concluir o seu curso de direito. Recém-formado, com muitos sonhos e planos, queria logo construir um futuro glorioso. Abriu o seu escritório. Equipou-o com rico e moderno mobiliário. Trajava-se impecavelmente com ternos bem cortados e elegantes. Seu sapato de cromo alemão estava sempre rigorosamente engraxado. Suas gravatas eram de seda, combinando com a tonalidade do terno.

A cada manhã, levantava e fazia seu percurso até o escritório, carregando uma bela pasta cheia de papéis. Aquele advogado tinha uma aparência irretocável. Seu escritório era moderno e bem decorado. Sua apresentação pessoal era impecável. Ele só tinha um problema: ainda não tinha nenhum cliente. Certo dia, a campainha do escritório tocou e entrou um cidadão. O advogado pensou: está aqui o meu primeiro cliente. Para impressioná-lo, foi logo pegando o telefone e entabulando uma animada conversa, dando a impressão que estava fechando um grande negócio com um famoso cliente, envolvendo muito dinheiro.

Após a longa e animada conversa, o advogado colocou o telefone no ganho e voltou-se para o cidadão que estava postado à sua frente, dizendo-lhe: Desculpe-me a demora, estava tratando de um importante negócio, estou à sua disposição.” O homem, olhando-o profundamente, disse-lhe: “Sou funcionário da companhia telefônica e estou aqui para ligar o seu telefone, porque ele ainda está desligado.” As máscaras podem cair nas horas mais inoportunas! A Bíblia diz: “O teu pecado o achará”, e ainda: “Louco é aquele que zomba do pecado”. E mais: “O homem será apanhando pelas próprias cordas do seu pecado”. Em outros termos: as máscaras cairão.

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