Seicho-No-Ie

16/11/2011 16:25

Definição etimológica:

Seicho: progredir infinito; no: do; ie:: lar. Seicho-No-Ie significa, portanto, Lar do Progredir Infinito.

Origem e crenças:

A seita Seicho-No-Ie tem como líder fundador o japonês Masaharu Taniguchi, nascido 1893. Na sua mocidade, Taniguchi buscava em igrejas e templos budistas as respostas para os problemas da dor, sofrimento e morte. Em 1919 Taniguchi diz ter recebido uma revelação na qual ouviu uma voz que dizia: "A matéria não existe. A carne não existe. O sofrimento não existe. O homem não é carne. O homem é filho de Deus, é espírito, é perfeito, é isento de pecado, é imortal. Deus está dentro de você. O ambiente e as circunstâncias estão dentro de você. Mude sua mente e a vida mudará".

A Seicho-No-Ie é uma seita sincrética, isto é, é uma mistura de cristianismo, budismo e de outras religiões orientais.

Assim escreve um adepto da Seita: "Seicho-No-Ie pode ser adotada como uma religião para aqueles que não tem uma religião e querem adotar a Seicho-No-Ie como sua religião, mas para aqueles que já tem uma religião a Seicho-No-Ie pode ser adotada como esclarecedora das dúvidas das suas religiões".

No Brasil a Seicho-No-Ie foi iniciada em 1934 através dos Irmãos Matsuda, que receberam um dos volumes da coleção A verdade da Vida. "O Brasil é o país onde a Seicho-No-Ie cresceu espantosamente depois do Japão, (....) a Seicho-No-Ie foi bem aceita devido ao seu caráter de filosofia de integração religiosa, abolindo qualquer tipo de discriminação através da pregação da ‘Verdade Essência das Doutrinas’. No Brasil passa de 3.000.000 o número de adeptos".

Rituais: A Seicho-No-Ie pratica alguns rituais como: Culto aos antepassados, cerimônia fúnebre, casamento e batizado.

Ensinamentos básicos

Um líder da Seita escreveu: "As doutrinas que regem a Seicho-No-Ie, basicamente giram em torno da ‘Verdade Homem Filho de Deus’. Ensina-se sobre a existência espiritual do homem dotado de capacidade infinita, nascido no mundo para manifestar a glória de Deus. Nega-se o pecado, a doença e a morte".

  1. Todas as pessoas são filhas de Deus, como este é perfeito o ser humano também o é;
  2. O pecado não existe, é apenas uma ilusão criada pela religião para escravizar os homens;
  3. Pregam o panteísmo, isto é, Deus está em todas as coisas e todas as coisas fazem parte de Deus;
  4. A Bíblia é raramente citada, pois a verdadeira revelação de Deus são as escrituras de Taniguchi;
  5. O mundo ao nosso redor manifesta-se conforme a atitude mental.

Veja o que diz o fundador da seita: "A Seicho-No-Ie afirma que Deus é o Todo Poderoso de tudo e tudo que existe pertence ao reino de Deus, não havendo território algum que pertença ao demônio. Se, assim como diz o cristianismo, Deus enviou seu filho unigênito Jesus Cristo para expiar os pecados da humanidade e a expiação foi consumada quando ele foi crucificado, seria natural que já não existisse pecado (...) A Seicho-No-Ie explica que Jesus Cristo já redimiu os pecados de toda a humanidade e já não existe pecado algum no mundo (...). Podemos, então, afirmar que a Seicho-No-Ie é o verdadeiro cristianismo" E ainda: "Já não existe ‘homem pecador’. ‘Isso é mentira!’."

Veja o que outro expoente da seita afirma sobre o pecado:

"Se o pecado existisse realmente, nem os Budas todos do universo conseguiriam extinguí-lo, nem mesmo a cruz de Jesus Cristo conseguiria extingui-lo". (Chuvas de Nectarias Doutrinas, Kanro No Hoou).

Refutando tal ensino, em primeiro lugar, afirmamos que a Bíblia declara que qualquer pessoa ou grupo religioso que nega a existência do pecado está mancomunado com o diabo, que é o pai da mentira (Veja Jo 8:44 comparado com 1 Jo 1:8).

Quanto a situação de pecado em que está envolto o ser humano veja: Sl 14:2-3; Mt 9:13; Jo 16:8-9; Rm 3:23; Rm6:23.

Quanto a eficácia de Cristo na remissão de pecados lemos abundantemente sobre o assunto como mensagem central da Bíblia (Mt 9:2; Mt 26:28; Jo 1:29; Rm 3:24; I Co 15:3; Gl 1:4; Ef.1:7; 1 Jo 1:7,9; Ap 1:5).

Os ensinos da Seicho-No-Ie encaixam-se perfeitamente na denúncia do Apóstolo Paulo de que no fim dos tempos os homens dariam ouvidos a fábulas e iriam se cercar de mestres fabricantes de ilusões e falsas doutrinas (2 Tm 3:1-9).

Deus

Nega a doutrina da Trindade. Às vezes sua visão de “Deus” é meio confusa. Ora Deus assume identidade pessoal, particular, ora ele é tudo e tudo é Deus (panteísmo), identificando o Criador com a criatura e vice- versa. Na prática isso significa a apologia da divinização do homem, visto como uma “centelha” do divino.

Jesus

Nega a deidade absoluta de Jesus e sua ressurreição corporal dentre os mortos. O Jesus físico que sofreu parece não ter existido, uma que não existe o sofrimento.

Salvação

“A humanidade está isenta do pecado”, apregoa a SNI. O pecado é uma ilusão. Quando o indivíduo toma conhecimento da “Realidade Prima” (da Mente de Deus), a idéia de pecado desaparece. Sendo assim, a fé em Cristo não confere salvação, nem libertação do pecado, uma vez que o tal não existe. O Kanro no Hoou declara: “Se o pecado existisse realmente, nem os Budas todos do universo conseguiriam extingui-lo, nem mesmo a cruz de Jesus Cristo”.

Vida após a morte

Assim como as doenças e o pecado, a morte não existe. É uma ilusão. Faz parte do “mundo fenomenal” (material), que é ilusório. No mundo de Deus, que é a “Realidade Prima”, a morte não existe.

Informações adicionais

Cultua diariamente os antepassados, crendo na permanente proteção deles. Tal prática é fruto de sua origem japonesa (influência do Xintoísmo). Considera-se “ulta-religiosa”, misturando todas as religiões e extraindo apenas o que há de bom em todas elas. O homem não tem natureza material (que é ilusória). Sua natureza é espiritual. Tudo o que percebemos através dos sentidos são projeções da mente (que também é ilusória).

Conclusão: É preciso estar atento às afirmações de seitas e religiões que pregam o amor, pensamento positivo, que todas as coisas "são lindas, perfeitas e maravilhosas". Estejamos conscientes de que a grande artimanha do diabo, é transformar-se em "Anjo de Luz" (2 Co 11:14-15) e, assim, astuciosamente, tentar provar que ele mesmo não existe!

 

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