Qual o valor do Reino dos céus?

19/08/2015 09:23

Foto: internet

As respostas de Jesus para as perguntas das pessoas sempre me surpreenderam. Algumas vezes achei que Ele estivesse dando voltas, outras imaginava que Ele estivesse mudando de assunto e não, de fato, dizendo o que o questionador gostaria de saber. Depois passei a acreditar que para algumas perguntas, a resposta era mais complexa do que se podia explicar.

Aposto que quando os discípulos queriam entender a respeito do Reino dos céus, só queriam saber algo relacionado ao ambiente, as disposições das coisas e o que encontrariam nas alturas, mas o Mestre resolveu explicar aquela questão contando mais uma de suas histórias. Dessa vez, referia-se a uma pérola de grande valor. Mas o que a pérola tem a ver com o Reino dos céus?

A respeito disso me pego pensando que se tratava de algo tão grande, tão precioso que apenas uma boa história poderia fazer os nossos indagadores imaginarem não apenas aquilo que o aguardavam, mas o que Jesus estava trazendo à Terra. Compreendo que o Reino é comparado a algo de grande valor. Tratava-se de uma troca, mas não uma simples troca, e, sim, o que havia de mais precioso, no caso, a pérola, pelo Reino. Sejamos francos, ninguém quer ficar em desvantagem. E na parábola, o negociador fez uma inteligente transação.

Às vezes fico me perguntando por que as pessoas falam do Reino de Deus como algo tão banal, tão sem vida, como se fosse a única alternativa, um lugar aonde iremos, mas aonde não há pressa de se chegar. Se tivéssemos entendido o que Jesus estava dizendo, desejaríamos tão ardentemente o Reino dos céus, que a vida na Terra não seria o centro das nossas ambições.

Com o que gastamos todo o nosso suor? Para ter, para ser, para alcançar o que tem tanta valia aqui. Observo que falamos da vida sem, na verdade, compreender onde realmente ela é plena, e minha queixa é ver que nos tornamos miseráveis por não compreendermos o que realmente tem valor. “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens” (1 Corintios 15.19).

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