O Primeiro Amor

18/05/2014 23:35
 
“Tenho, porém, contra ti que deixaste o primeiro amor” (Apocalipse 2.4)

No livro do Apocalipse, o último da Bíblia Sagrada, nós podemos encontrar revelações sobre os últimos dias. Nele, também, há cartas que apóstolo João, o autor do livro, escreve às sete igrejas da Ásia.
A primeira carta foi à igreja em Éfeso, onde os irmãos eram trabalhadores e agüentavam com paciência o sofrimento pela causa de Cristo. Contudo, havia algo errado com esses cristãos: Eles não amavam a Cristo como antes. Ou seja, o amor deles havia esfriado. Porém o SENHOR os advertiu para que lembrassem onde haviam caído e pudessem se arrepender voltando as suas primeiras obras.
O que houve na igreja de Éfeso, talvez esteja ocorrendo conosco hoje. Permanecemos louvando, pregando, fazendo a obra do SENHOR, mas não como antes. O amor em nós acaba esfriando. Começamos a deixar as coisas do SENHOR de lado. Começamos a ler a Palavra, orar, e sentir a Presença d’Ele cada vez menos. Depois queremos saber o porquê do Espírito Santo não operar como antes. Simplesmente Ele não encontra lugar.
Precisamos mudar isso. Dar mais espaço para o SENHOR fazer a sua vontade, aliás, todo o espaço. Devemos deixar mais as coisas daqui e buscar as que são de cima. Temos que nos avivar, orar, pedir perdão, se humilhar, ler a Palavra e viver para Ele em tudo. É tempo de voltar ao primeiro amor, para que a Presença de Deus não saia do nosso meio e para que sejamos cada vez mais avivados. É tempo de voltar a Deus!
“Conheço as tuas obras, tanto o teu labor como a tua perseverança, e que não podes suportar homens maus, e que puseste à prova os que a si mesmos se declaram apóstolos e não são, e os achaste mentirosos; e tens perseverança, e suportaste provas por causa do meu nome, e não te deixaste esmorecer. Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas”. (Apocalipse 2.2-5)
O que é o primeiro amor a que o Senhor Jesus se refere nesta mensagem? É um fogo em nosso íntimo, de grande intensidade, e que coloca Jesus acima de todas as outras coisas. 
O primeiro amor é aquele primeiro momento de relacionamento com Cristo em que todo o nosso ser devota a Ele. Abrimos mão de tudo por causa deJesus.
O Reino de Deus passa a ser prioridade absoluta. É quando amamos a Deus de todo nosso coração e alma, com todas as nossas forças e entendimento. Este primeio amor nos leva a viver intensamente a fé.
Este amor nos leva a praticar a buscar intensamente ao Senhor e também a trabalhar (Jesus o relacionou com “obras” quando disse a Pedro que se ele O amava devia pastorear Seu rebanho –Jo 21.15-18). O apóstolo Paulo falou que o amor de Cristo (ou o entendimento da profundidade deste amor) nos constrange a não mais viver para nós mas para ele.
 A perda do primeiro amor é uma queda, é chamada pecado e necessita arrependimento. Tem muito crente que continua se dedicando ao trabalho do Senhor, mas perdeu sua paixão. Faz o que faz por hábito, rotina, por medo, pelo galardão, por qualquer outro motivo que, acompanhado daquele primeiro amor intenso faria sentido, mas sozinho não.
O primeiro amor é como um fogo, se você põe lenha ele se inflama mais, contudo, se você joga água ele se apaga… falhamos em não alimentar o fogo, mas também em permitir que outras coisas o apaguem.
Várias coisas contribuem para que nosso amor pelo Senhor sofra a perda de intensidade. Mas há três, especificamente, as quais quero dar atenção aqui. Se queremos nos prevenir e evitar esta queda, ou se queremos restauração depois de termos caído, precisamos entender estes aspectos e como eles nos afetam:
1) O convívio com o pecado; 
2) A falta de profundidade; 
3) A falta de tratamento.
O segredo de não nos afastarmos do Senhor nem perdemos a alegria inicial é desenvolver profundidade. Muitos cristãos vivem só dos cultos semanais. Não investem tempo num relacionamento diário, não oram, não se enchem da Palavra, não procuram mortificar sua carne e viver no Espírito, não se engajam no trabalho do Pai. São cristãos sem profundidade, vivem só na superfície!
Aquelas áreas que não são tratadas em nossas vidas podem não parecer tão nocivas hoje, mas serão justamente estas áreas que poderão nos sufocar na fé e no amor ao Senhor depois. A queda não é um acidente, nem um ato instantâneo ou imediato. É um PROCESSO que envolve repetidas negligências de nossa parte; e são estas mesmas “inocentes” negligências que nos vencerão depois. Por isso, devemos dar mais atenção às areas que precisam ser trabalhadas em nossas vidas.
 

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