Namoro nos trilhos [Parte 3]

13/10/2011 10:01

E ae pessoal!! Estamos quase lá!! Hoje mais alguns hábitos de um namoro altamente defeituoso.

 3. O namoro geralmente confunde relacionamento físico com amor.

Pedro e Thais não tinham planejado se envolverem fisicamente na primeira vez que saíram juntos. De verdade. Pedro não fica “só pensando nisso” e a Thais não é “aquele tipo de garota”. Aconteceu. Eles foram a um show juntos e depois assistiram a um filme de vídeo na casa da Thais. Durante o filme, Thais fez uma gozação a respeito da tentativa dele de dançar durante o show. Ele começou a fazer cócegas nela. A luta de brincadeirinha de repente parou quando eles se viram encarando um ao outro nos olhos, com Pedro inclinado sobre ela no chão da sala de estar. Eles se beijaram. Parecia algo de cinema, Parecia tão correto!
Pode ter parecido certo, mas a introdução precoce de uma afeição física no relacionamento acrescentou confusão. Pedro e Thais não se conheciam de verdade, mas de repente se sentiam próximos. À medida que o relacionamento progredia, eles achavam difícil manter a objetividade. Quando tentavam avaliar as qualidades do relacionamento, eles imediatamente visualizavam a intimidade e a paixão do seu relacionamento físico. “É tão óbvio que nós nos amamos” pensou Thais. Mas será que era verdade? Só porque lábios se encontraram não quer dizer que corações se uniram. E só porque dois corpos são atraídos um ao outro não quer dizer que as duas pessoas foram feitas uma para a outra.
O relacionamento físico não é igual a amor. Quando consideramos que a nossa cultura como um todo entende as palavras “amor” e “sexo” como sinônimas, não deveríamos ficar surpresos que muitos relacionamentos confundem atração física e intimidade sexual com verdadeiro amor. Lamentavelmente, muitos namoros cristãos refletem esta falsa noção. Quando examinamos o progresso da maioria dos relacionamentos, nós podemos ver claramente como o namoro promove esta substituição. Primeiro, como já ressaltamos antes, o namoro nem sempre leva a compromissos duradouros por toda a vida. Por esta razão, muitos namoros começam com a atração física; a atitude que está por trás disso é que os valores mais importantes vem da aparência física e da maneira como o parceiro se comporta. Mesmo antes que um seja dado, o aspecto físico e sensual do relacionamento assumiu a prioridade. Em seguida, o relacionamento normalmente caminha a passos largos na direção da intimidade. Pelo fato do namoro não requerer compromisso, as duas pessoas envolvidas permitem que as necessidades e paixões do momento ocupem o centro de palco. O casal não olha um para o outro como possíveis parceiros para toda a vida e nem avaliam as responsabilidades do casamento. Ao invés disso, eles concentram nas exigências do momento. E com esta disposição mental, o relacionamento físico do casal pode facilmente se tornar o foco. E se um rapaz e uma garota pulam o estágio da amizade no relacionamento, a lascívia frequentemente se torna o interesse comum que atrai o casal. Como resultado, eles avaliam a seriedade do seu relacionamento pelo nível de envolvimento físico. Duas pessoas que namoram querem sentir que são especiais uma para a outra e elas podem expressar isso concretamente através da intimidade física. Elas começam a distinguir o seu “relacionamento especial” ao se darem as mãos, beijarem-se e o restante que se segue. Por esta razão, a maioria das pessoas acredita que sair com alguém implica em envolvimento físico. Concentrar no físico é claramente pecaminoso. Deus exige pureza sexual. E Ele faz isso para o nosso próprio bem. Envolvimento físico pode distorcer a perspectiva de cada um dos namorados e levá-los a decisões erradas.
Deus também sabe que levaremos as memórias de nosso envolvimento físico do passado para o casamento. Ele não quer que vivamos com culpa nem remorso. O envolvimento físico pode fazer com que duas pessoas se sintam próximas. Mas se muitas pessoas que estão namorando examinassem o foco do seu relacionamento, eles provavelmente descobririam que a lascívia é o que têm em comum.

4. O namoro geralmente isola o casal de outros relacionamentos vitais.

Enquanto Douglas e Júlia estavam namorando, eles não precisavam de mais ninguém. Como era para ficar com a Júlia, Douglas não teve problemas em deixar de freqüentar o Estudo Bíblico de quarta à noite com a turma. Júlia nem pensou duas vezes sobre o fato de que mal falava com a irmã mais nova ou com a mãe agora que estava namorando o Douglas. Também não se deu conta de que ao falar com eles sempre começava as suas frase com “Douglas fez isso…” e “Douglas disse isso e aquilo…” Sem querer, ambos tinham, egoisticamente e de forma tola, se privado de outros relacionamentos.
Pela própria definição, o namoro é basicamente duas pessoas com o foco uma na outra. Infelizmente, na maioria dos casos o resto do mundo vira um pano de fundo esmaecido. Se você já fez o papel de “vela” ao sair com um casal de amigos que estão namorando, você sabe como isso é verdade.
De todos os problemas referentes ao namoro, este é provavelmente o mais fácil de se resolver. Ainda assim os cristãos precisam levá-lo a sério. Por que? Primeiro, porque quando permitimos que um relacionamento exclua os outros, estamos perdendo a perspectiva. Em Provérbios 15:22 lemos:

“Onde não há conselho fracassam os projetos, mas com os muitos conselheiros, há bom êxito”.

Se tomamos as decisões da nossa vida baseados unicamente na influência de um relacionamento, provavelmente estaremos fazendo julgamentos limitados.
É claro que cometemos este mesmo erro em muitos outros relacionamentos não-românticos. Mas nos deparamos com este problema mais frequentemente no namoro, pois envolve nosso coração e emoções. E como o namoro focaliza os planos do casal, assuntos fundamentais relacionados ao casamento, família e fé estão arriscados.
E se duas pessoas não tiverem definido o seu nível de compromisso, eles estão definitivamente em risco. Você se coloca em uma posição precária ao se isolar das pessoas que o amam e o apóiam pois você mergulha de corpo e alma em um relacionamento romântico não fundamentado no compromisso. No livro Passion and Puríty (Paixão e Pureza), Elisabeth Elliot declara: “A não ser que um homem esteja preparado para pedir a uma mulher que seja a sua esposa, que direito tem de requisitar a sua atenção exclusiva? A não ser que tenha sido pedida em casamento, por que uma mulher sensível prometeria a qualquer homem a sua atenção exclusiva?” Quantas pessoas terminam seus namoros e encontram quebrados os seus laços de amizade com os outros.
Quando Douglas e Júlia decidiram, em comum acordo, pararem de namorar, ficaram surpresos ao encontrarem os seus relacionamentos de amizade totalmente abandonados. Não que os seus amigos não gostassem dos dois; é que eles praticamente não os conheciam mais. Nenhum dos dois haviam investido tempo ou esforço na manutenção destas amizades enquanto estavam concentrados no seu namoro.
Talvez você tenha feito algo semelhante. Ou talvez conhece a dor e frustração de ser deixado de lado por causa de um namorado ou namorada. A atenção exclusiva normalmente esperada em um namoro tem a tendência de roubar dos dois a paixão pelo serviço na igreja e de isolá- los dos amigos que mais os amam, dos familiares que mais os conhecem, e, o mais triste, até de Deus, cuja vontade é, de longe, mais importante que qualquer interesse romântico.

5. O namoro, em muitos casos, tira a atenção dos jovens adultos de sua principal responsabilidade, que é de preparar-se para o futuro.

Nós não podemos viver no futuro, mas negligenciar nossas obrigações atuais nos desqualificará para as responsabilidades de amanhã. Estar distraído por causa do amor não é tão mal assim – a não ser que Deus deseja que você faça algo diferente.
Uma das tendências mais tristes do namoro é desviar os jovens adultos do desenvolvimento dos seus talentos e habilidades dadas por Deus. Ao invés de equiparem-se com o caráter, formação acadêmica e experiência necessária para obter o sucesso na vida, muitos permitem serem consumidos pelas necessidades atuais que o namoro enfatiza.
Jefferson e Stephanie começaram a namorar quando ambos tinham quinze anos de idade. De um modo geral, eles tinham o namoro modelo. Eles nunca se envolveram fisicamente e quando terminaram o namoro após dois anos, o fizeram de forma amistosa. Então que mal houve? Bem, nenhum no sentido de que não criaram problemas. Mas podemos começar a enxergar alguns problemas quando pensamos no que Jefferson e Stephanie poderiam ter feito ao invés de namorarem. Manter um relacionamento requer muito tempo e energia. Jefferson e Stephanie gastaram incontáveis horas conversando, escrevendo, pensando e muitas vezes se preocupando com o seu relacionamento. A energia que empregaram os privou de outras ocupações. Para Jefferson, o relacionamento sugou o seu entusiasmo pelo seu hobby de programação em computadores e pelo seu envolvimento no grupo de louvor da igreja. Apesar da Stephanie não culpar o Jefferson, ela rejeitou diversas oportunidades de viagens missionárias de curto prazo pois não queria ficar longe dele. O relacionamento deles consumiu um tempo que ambos poderiam ter gasto desenvolvendo habilidades e explorando novas oportunidades.
Namorar pode lhe dar a oportunidade de colocar em prática ser um bom namorado ou uma boa namorada, mas será que são habilidades que valem a pena? Mesmo que você esteja saindo com a pessoa com quem irá se casar, a preocupação em ser a namorada ou namorado perfeito, podem, na verdade impedi-lo de ser o futuro marido ou esposa que esta pessoa irá precisar um dia

Semana que vem a parte final!!

—————

Voltar