Meninos - Games

21/03/2011 10:38

Games diabólicos

 

São duas e dezoito da manhã. Pai e mãe dormem profundamente na penumbra feita pela luz do abajur, a única acesa. O trinco da porta do quarto do casal dá uma volta silenciosa. O ranger lento da porta anuncia a entrada de um invasor que se aproxima concentrado, lento, com respiração ofegante, e passos calculados. Seus olhos esbugalhados revelam algo sinistro, e ao levantar a mão direita, percebe-se que ela está segurando uma faca de cozinha. Na parede, sua sombra forma uma cena macabra. É o filho adolescente, pronto pra desferir o golpe final nos dormentes progenitores. Inesperadamente, sem querer, ele esbarra na cama, e então, antes da tragédia, num movimento assustado e rápido, a mãe pressentindo a presença de alguém, levanta-se pálida, de um salto, com uma pergunta engasgada: Que é isso?!!!!

Ufa, que alívio!!! É apenas o Juninho. Ele deve ter tido pesadelo de novo, por causa dos macabros jogos de vídeo–game que vêm ocupando seu tempo nos últimos dias.

Que bom seria se isso fosse uma ficção, mas uma cena semelhante aconteceu de verdade com uma família que conheço. O menino estava impregnado com as cenas nefastas dos games violentos e infernais. Ultimamente ele brigava para ficar horas e horas diante do desafio cibernético de derrotar o príncipe das trevas, com o punhal encantado. Isso me faz lembrar de um dito popular muito usado entre os cristãos: “mente vazia, oficina de Satanás”.

A era do video-game está no auge. Lan-houses são invadidas por adolescentes que vibram com grande entusiasmo ao “matar o monstro”! Quem dera tivessem a mesma empolgação para o estudo da Bíblia!

Eles não percebem que já está na hora do almoço, aliás, quem é que sente fome se uma alma sinistra quer detonar a sua vida? Deuses estranhos são exaltados como superpoderosos, fantasmas reencarnados representam a força do bem ou do mal, o desejo de ver sangue torna um adolescente cristão num assassino virtual!

Em minha pesquisa encontrei um game chamado "O sombrio - a voz das almas", no qual um livro poderoso denominado "sinistro sapiens" amaldiçoa os que o lêem, os quais devem lutar para apagar a maldição. Isso não é um franco antagonismo ao Livro dos Livros que abençoa a todos quantos o lêem (Ap 1:3)?

Não podemos negar que os jogos podem ser didáticos e pedagógicos, podendo até nos ensinar importantes lições espirituais, mas na maioria das vezes incutem pensamentos malignos na mente dos nossos filhos e dos adolescentes em geral, pois todas aquelas imagens e sons ficam armazenadas em seus subconscientes, podendo fasciná-los, levando os mesmos a desejarem pôr em prática aquela estratégia impiedosa vivida na ficção. Com a cabeça cheia de mitos, não conseguem dormir, não conseguem se concentrar nos estudos, e vivem com medo até da sombra.

Pergunta-se: E o tempo com a Bíblia? E os valores espirituais? E o envolvimento com a igreja? E o crescimento espiritual? São deixados de lado para uma dedicação integral aos vídeo-games.

Sendo um entretenimento inevitável em pleno século da tecnologia, o que fazer?

Faça uma pré-seleção desses jogos, de forma que os escolhidos não venham ferir os princípios bíblicos. Geralmente, pelo título do jogo já dá pra deduzir, mas convém que se faça uma leitura da sinopse do jogo, e melhor ainda, que se peça a um adulto cristão que dê o seu parecer.

Ainda, não se deixe dominar pela emoção. Há jogos emocionantes, mas que exaltam as forças do inferno. É preciso cuidado. Tenha em mente a Palavra de Deus e julgue você mesmo se convém gastar inteligência, tempo e energia emocional, numa história que divulga filosofias e idéias contrárias a Deus.

Dê preferência a games que exijam raciocínio, que testem conhecimentos, e que não tenham diabos, espíritos, superstição, mágica, e assassinatos. Tenha como lema I Cor 6:12 para saber discernir com equilíbrio o que é lícito e o que convém.

 

Heroína, álcool, cigarros e… videogames. O fato é que alguns games podem ser verdadeiramente viciantes, como provam essas histórias incríveis de gente que extrapolou e levou os joguinhos a um nível nada saudável. Confira:

10. Matar aula

Todo mundo já matou uma aula ou duas para ficar conversando com os amigos, passear no shopping ou para jogar videogames. Mas esse garoto de 15 anos da Austrália com certeza passou do limite. Ele matou aula por três semanas e ficava jogando games online por mais de 16 horas por dia. Como ele fez isso? Ele vestia o uniforme e dizia para a mãe que ia para a aula, mas assim que ela saía para trabalhar, ele ia para frente do PC. A desculpa que ele deu na escola foi que ele havia passado por uma cirurgia. Seus pais só descobriram a farsa quando a diretora da escola ligou para perguntar como ele estava.

9. O garoto que queimou seu colega – literalmente

Quantos de nós já nos metemos em uma briguinha com um colega de sala? Só que esse garoto de Pequim, viciado em World of Warcraft, acreditou realmente que se tornou um Mago especializado em fogo e queimou o colega com quem estava brigando.

8. Sessão de Starcraft de 50 horas de duração

Alguns já viraram uma noite em um campeonato de videogame com os amigos, mas um homem da Coréia do Sul virou três noites jogando Starcraft. Depois de 50 horas seguidas de jogo, ele teve um colapso e seu coração parou. Acredita-se que ele morreu por exaustão, já que parava apenas para ir ao banheiro e para dar alguns cochilos.

7. Suicídio por causa de um jogo

Em dezembro de 2004, o chinês Xioyi, de 13 anos, escreveu uma carta dizendo que queria se unir aos heróis do jogo que ele tanto adorava. Então ele se jogou de um prédio depois de uma sessão de 13 horas seguidas de World of Warcraft. Agora os pais do menino estão processando a empresa fabricante do jogo.

6. A menina que morreu por negligência dos pais

Uma menina sul-coreana de três anos morreu porque seus pais preferiram cuidar de uma menina virtual do que dela. O jogo nos quais eles ficaram viciados era o Prius Online, similar ao Second Life. Eles saíram para uma sessão de 12 horas de jogo em uma lan house e deixaram a filha sozinha. Quando voltaram, ela estava morta.

5. Os gêmeos que morreram por negligência

Outro caso de pais viciados – um homem deixou seus filhos gêmeos na banheira e foi jogar GameBoy. Quando voltou, os bebês haviam se afogado. Ele irá passar 10 anos na prisão por assassinato “involuntário”.

4. O homem que foi esfaqueado até a morte

Qiu Chengwei esfaqueou Zhu Caoyuan até a morte depois que Caoyuan vendeu a espada virtual de Chengwei. Caoyuan havia oferecido o dinheiro para Chengwei, mas este se arrependeu e esfaqueou o amigo até a morte.

3. Adolescente mata mulher por dinheiro para jogar

No Vietnã, um menino de 13 anos foi preso depois de roubar 6,20 dólares e matar uma velhinha de 81 anos. Ele confessou ter feito isso porque precisava de dinheiro para jogar um game online. Depois de tê-la estrangulado ele a enterrou em um terreno cheio de areia.

2. Adolescente mata a mãe para jogar Halo 3

Daniel Petric, de 17 anos, matou sua mãe depois que ela não deixou que ele jogasse Halo 3. Ele entrou no seu quarto, pediu que ela fechasse os olhos. Disse “eu tenho uma surpresa pra você” e atirou bem entre os olhos dela.

1. Shawn Woolley

No dia de Ação de Graças nos EUA Shawn Woolley cometeu suicídio. De acordo com a mãe do garoto foi por causa do jogo de RPG online Everquest. Já a Sony, fabricante do jogo, disse que nada no game poderia ter motivado isso. A morte de Shawn ainda causa debate hoje.

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