É Possível ter um Namoro Santo?

17/10/2013 09:50
 
Embora é comum a desatenção com o assunto, há jovens que ainda se preocupam em “saber o que pode e o que não no namoro dos jovens” cristãos.
 
Muitos entendem ser namoro santo aquele isento de beijos e outras carícias. Já ouvi testesmunhos que pessoas que praticaram o namoro santo e gabavam-se de não terem ao menos segurado na mão de suas prometidas esposas. Então não são os outros sites que dizem que o beijo é pecado; a maioria dos cristãos, ensinam (ou ensinavam) assim também. Será assim mesmo? Como deve ser o namoro dos filhos de Deus? Entendo que eticamente o namoro precisa ter:
 
1.Sentimento verdadeiro. Embora seja óbvio, há quem troque de namorado(a) como quem troca de roupa. Isto se deve porque se namora por várias outras razões – talvez provar sua masculinidade ou feminilidade; ou que é capaz de fazer alguém se interessar por você; egocentrismo; status e popularidade com os colegas; mera atração física; interesse no que a pessoa tem e não no que é. Se houvesse verdadeiro amor, isto não aconteceria pois: “O amor é sofredor, é benigno, não age com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita o mal... O amor nunca morre” (1Co 13:4,5).
 
2.Intenção honesta. A bíblia diz que um rapaz quando quer bem a uma moça, é decente pedi-la em casamento porque assim estará agindo com dignidade (1Co 7:36). Quando começamos a namorar, não siginifica necessariamente que vamos nos casar com esta pessoa, mas esta deve ser nossa intenção. “Um jovem só está pronto para o namoro quando ele começa a pensar em casamento. Isso mesmo! Em casamento! Mesmo que ele esteja longe. Nada tem sentido sem uma meta”.
 
3.Idade certa. Sabiamente, 1Co 7:36 também estabelece quando deve-se pedir ou dar-se em casamento: “se tiver passado a flor da idade [ou adolescência]”. Ora, se o casamento é o objetivo, namoricos púberes não correspondem à ética cristã. Reconheço que estes namoricos podem ajudar no desenvolvimento mental do indivíduo, quando se sentem embaraçados com o desenvolvimento físico. Nenhum adolescente parece estar contente com o corpo durante a purberdade. Os carinhos do namoro resgatam a auto-estima que as espinhas e as mudanças vocais lhes roubaram.
 
“Foge, também, dos desejos da mocidade; e segue a justiça, a fé, a caridade e a paz com os que, com um coração puro, invocam o Senhor” (2Tm 2:22).
 
Desejos da mocidade. Neste período, novos sentimentos e sensações afloram por todo nosso corpo e começamos a notar o sexo oposto. Começamos a ter fortes impulsos sexuais a ponto de inquietarmos – não há nada de errado com isto; faz parte do processo de crescimento. Mas é aí que está um grande problema com os namoros adolescentes. Nesta fase de descobertas estamos apenas começando a aprender controlar tais impulsos e, por isso mesmo, imaturos e frágeis a combatê-los. Pode ser que seja temente e não queira sinceramente pecar contra Deus. Mesmo assim entrará em ação uma realidade biológica da vida - Quanto mais se estimular com os carinhos do namoro, tanto mais crescerá o desejo sexual e a disposição para satisfazê-lo, ficando vulnerável à tentação; quer você queira, quer não.
 
“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26:41).
 
4.Consagração a Deus. O temor de Deus é o princípio da sabedoria (Pv 9:10). Temor é o sentimento que faz desejarmos agradar a Deus, andando nos seus preceitos, em agradecimento por tudo que É em nossas vidas, revelando nossa união com o Criador. Apesar de levar em conta a época que viveram, haveremos de reconhecer os méritos dos antigos irmãos. Hoje podemos até ter outro entendimento, mas o temor a Deus deve ser o mesmo. Mudam os costumes, mas os princípios éticos da Bíblia permanecem. Quão distante deles vive a sociedade! Você foi consagrado a Deus - Ande dignamente na vocação com que foste chamado:
 
Pregações sobre namoro santo (sem beijos) costumam entristecer porque as vezes não conseguimos agir conforme a recomendação, daí concluimos estar desagradando a Deus. Muitos chegam a propor esta modalidade de relacionamento àquelas que serão suas esposas e esposos. Tem vezes que não dá certo! Aí vem o sentimento de que estamos defraudando o outro.
 
Conclusão. Os beijos e carícias trocados por dois jovens quando forem respeitosas demonstrações de ternura do verdadeiro amor que um tem pelo outro devem ser consideradas limpas e apropriadas. É insensato querermos estabelecer um padrão para o namoro porque consagração é ato espontâneo; não norma eclesiástica. É impossível determinar um comportamento idêntico para pessoas, épocas e lugares diferentes. Cada qual, no temor de Deus, deverá aprender a lidar com seus sentimentos, controlar seus impulsos e combater seus desejos. Ponderação, autodomínio e certeza de sentimento é o que a Bíblia exorta a todos, em todo tempo e lugar. Isto é namoro santo! Este é o namoro de crente!
 
Semana que vem vou falar 12 características de um namoro que busca a Santidade.
Até semana que vem...

 

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