Cutting...Uma doença terrível.

Quando a dor é confundida com alívio, algo está errado. Saiba como prevenir e acabar com o CUTTING.

   A primeira vez que a estudante S.H.. de 16 anos  fez um pequeno corte no antebraço durante  a separação dos pais, que envolveu brigas diárias por muitos mêses.  Isso foi há mais de um ano e, até agora, ela não conseguiu parar de se machucar.  Como os pais não sabem de nada, ela nunca obteve ajuda médica.  Mesmo assim, S.H. entende que isso não é normal, e que seu problema surgiu a partir de vários sentimentos negativos.

     Ela é apenas uma dentre muitas garotas que possuem uma compulsão: O CUTING, ato de se cortar para obter um alívio momentâneo.                             

 POR DENTRO DO ASSUNTO!!!

  Nosso instinto sempre avisa que, quando algo pode nos machucar, é preciso recuar e se proteger.  Mas, quando existe um transtorno psicológico no caminho, tudo pode ficar meio confuso.  Hoje em dia, é comum ouvirmos falar do TOC ( Transtorno Obsessivo Compulsivo), um  impulso de fazer sempre a mesma coisa repetidamente.  As vezes, esse impulso é tão forte que uma pessoa pode acabar se tornando uma refém  dele.  O cutting é uma automutilação – praática na qual a pessoa se machuca sem intenção de cometer suicídio – que vira um verdadeiro ciclo vicioso.  Essa repetição vem dos TOCs e está super-relacionado á autoestima.  Quando uma pessoa sente uma dor muito grande, se julga demais ou até se odeia, pode surgir o comportamento autodestrutivo. 

Baixa autoestima

 Realmente, quando você não está bem consigo mesma, nada funciona direito.  Traumas, problemas familiares, depressão, ansiedade e baixa autoestima são as origens mais comuns de transtornos psicológicos.  É exatamente isso que precisa ser trabalhado quando um paciente tem uma compulsão como o cutting.

      M.K. (17), por exemplo, se achava muito gorda e era frequentemente xingada na escola.  Nos dias em que se sentia mais vulnerável, tinha o impulso de vomitar e fazer pequenos cortes nas pernas.  Depois de dois anos de terapia, ela entendeu seu problema:” já sabia que o que eu tinha era bulimia, porque me sentia culpada por comer e ia logo em seguida botar pra fora.  Mas, só agora, percebi que me culpava por vomitar.  Era uma bola de neve, sabe?”

Cutting  X  Culpa.

 Muitas pessoas entendem a situação de M. K. pois também sentem o falso alívio para um sentimento de culpa ou baixa autoestima e sabem como um pequeno corte para desencadear uma compulsão, o que torna o hábito ainda mais perigoso.  Mas por que é tão importante saber sobre isso? Porque é comprovado que o maior índice de pessoas que se cortam está entre os 13 e 20 anos, aquele período de inseguranças e tendência a ceder a influências.  Com D.S. (15), aconteceu no ano passado.  sua mãe descobriu marcas em seu braço e tentou conversar, perguntando se ela estava escondendo alguma coisa.

     Primeiro,D.S. dizia que ficava irritada apenas algumas vezes, porque se sentia muito pressionada na escola.  Só após 6 meses, admitiu ter começado a fazer os cortes (depois que sua melhor amiga recomendou como forma de alívio). Por sorte, o tratamento foi rápido, e hoje ela não sente mais vontade de se machucar.  a amizade com a ex-bff?  ela preferiu deixar para trás junto com o cutting.

    E para a decepção dos fãs a diva Demi Lovato também já cometeu esse erro: silêncio=PERIGO!

     A maioria  das garotas mente e inventa maneiras para evitar perguntas.  Elas dizem que os machucados foram feitos pelo gato ou são feridas deixadas por pulseiras ou relógios muito apertados.  Curiosamente, foi isso que as representantes de Demi Lovato alegaram em 2009 quando a atriz foi fotografada com marcas evidentes em seu pulso esquerdo.  Na época,  a justificativa, de que a culpa seria de pulseiras de borracha, foi até considerada, mas, após sua internação devido a problemas com seu passado perturbado por bullyng e distúrbios alimentares, é muito provável que um dos sintomas da condição de Demi seja cutting.  Mesmo que a pessoa que pratica esses cortes minta sobre a origem de suas cicatrizes, é importante que os amigos e familiares saibam o que está acontecendo.  É muito difícil passar por isso sozinha, e as pessoas ao redor podem ajudar!

 O QUE FAZER?

 Saiba quais são os primeiros passos a tomar quando você identifica o CUTTING em uma amiga ou uma familiar:

*NÃO DEMONSTRE  ESPANTO: Isso pode fazer com que a pessoa se sinta anormal ou rejeitada, o que pode agravar ainda a situação;

*PERGUNTE COM  NATURALIDADE:  Tente ouvir mais do que falar e demonstre compreensão com seus problemas;

*NADA DE AMEAÇAS: Não julgue a pessoa sem conhecer seus motivos e não a chantagie, dizendo que vai contar para todo mundo se ela não parar;

* ACONSELHE UMA VISITA MÉDICA: Só um profissional pode começar um tratamento efetivo contra esse comportamento.