Cristão pode participar de festa de Halloween?

31/10/2014 13:14

festa-halloween editada

Os antigos celtas, que viviam na Europa por volta do ano 500 a.C., acreditavam que em 31 de outubro, último dia do verão, os espíritos dos mortos voltavam para aterrorizar os vivos. Para espantá-los, as pessoas colocavam objetos assustadores nas janelas de suas casas, tais como ossos, caveiras e abóboras com cortes em forma de caretas.

Assim surgiu o dia do halloween, muito difundido atualmente em virtude da sua forte presença na cultura americana. Nos Estados Unidos, as crianças se fantasiam de figuras aterrorizantes nessa data e vão de casa em casa recolhendo guloseimas mediante a famosa “ameaça”: “Doces ou travessuras”. É como se os espíritos dos mortos, agora com aspecto inocente e divertido, continuassem visitando os vivos.

Seria correto que os cristãos comemorassem esse tipo de festa? Vivemos hoje uma época de banalização dos costumes e inversão de valores. É a cultura do “nada a ver” e “o quê que tem”? Assim como as festas bíblicas tinham objetivos didáticos, o mesmo acontece com outras comemorações carregadas de ensinamentos.

Várias manifestações culturais e artísticas apresentam a inversão dos conceitos do bem e do mal. As bruxas, que eram tão malévolas nas antigas histórias infantis, são agora apresentadas como boazinhas. Vampiros e lobisomens tornaram-se figuras sensíveis e românticas. Bruxaria virou brincadeira de criança. É a mensagem de Harry Potter, Crepúsculo e outras obras do gênero. Por trás de personagens fictícios existem conceitos reais. Diante disso, é importante lembrar o que diz a Bíblia: “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amargo” (Is 5.20).

Vampiro com imagem de mocinho ( Imagem: internet)

Trilogia Crepúsculo, cujo personagem principal é um vampiro (Imagem: internet)

Não podemos brincar com o mal. Não brinque com Satanás. Embora os adultos possam ter o discernimento suficiente para filtrarem esse tipo de influência em filmes e livros, o mesmo não acontece com as crianças que recebem, sem defesa, toda espécie de ensinamento. Precisamos protegê-las. É verdade que não devemos colocar nossos filhos numa redoma, como se o mal não existisse. Mas também é verdade que não precisamos fantasiá-los de demônios e bruxos. Seria um mal desnecessário e, sobretudo, prejudicial.

“Mas é apenas uma brincadeira”, diriam alguns. É assim que começam grandes problemas na vida. Abismos têm sido escolhidos como locais de brincadeiras e aventuras, o que, algumas vezes, acaba em tragédia. Nem toda diversão é saudável. Salomão escreveu: “Como o louco que solta faíscas, flechas, e mortandades, assim é o homem que engana o seu próximo, e diz: Fiz isso por brincadeira” (Pv 26.18-19).

Para muitas pessoas, as bruxas são apenas figuras dos contos de fadas, mas sabemos que isto não é verdade. Bruxos e bruxas existem. São também conhecidos como feiticeiros. Os nomes vão mudando com o tempo, mas a essência é a mesma. As alegadas forças da natureza, invocadas pelos feiticeiros, são, na verdade, Satanás e seus demônios. A Bíblia condena a feitiçaria:

Quando entrares na terra que o SENHOR teu Deus te der, não aprenderás a fazer conforme as abominações daquelas nações. Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; Nem encantador, nem quem consulte a um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor; e por estas abominações o Senhor teu Deus os lança fora de diante de ti” (Dt 18.9-12).

O rei Saul, após perder o contato com Deus, procurou uma feiticeira para invocar o espírito de Samuel. Este foi um dos motivos pelos quais Deus o condenou definitivamente: “Assim morreu Saul por causa da transgressão que cometeu contra o Senhor, por causa da palavra do Senhor, a qual não havia guardado; e também porque buscou a adivinhadora para a consultar” (1Cr 10.13).

Acontece hoje a popularização da bruxaria Wicca, principalmente entre as meninas e adolescentes. Muitos filmes e desenhos animados são formas de marketing dessa prática maligna. A programação dos canais da Disney tem dado destaque a esse propósito, como uma espécie de discipulado satânico.

Devemos comemorar o Dia das Bruxas? Quem quiser, comemore, mas a um cristão não convém tal coisa. Jesus participaria dessa festa? É claro que não. Não devemos permitir que nossas crianças participem. As escolas não podem obrigar os estudantes nesse sentido, pois ainda temos liberdade religiosa neste país. Não precisamos importar tudo que os americanos produzem. Rejeitemos esse tipo de festa. Esse lixo não nos pertence.

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