As duas vizinhas

26/11/2014 14:39

As duas vizinhas

Havia duas vizinhas que viviam em pé de guerra.

Não podiam se encontrar na rua que era briga na certa.

Depois de um tempo, dona Maria descobriu o verdadeiro valor da amizade e resolveu que iria fazer as pazes com dona Clotilde.

Ao se encontrarem na rua, muito humildemente, disse dona Maria:

Minha querida Clotilde, já estamos nessa desavença há anos e sem nenhum motivo aparente.

Estou propondo para você que façamos as pazes e vivamos como duas boas e velhas amigas.

Dona Clotilde, na hora estranhou a atitude da velha rival, e disse que iria pensar no caso.

Pelo caminho foi matutando…

Essa dona Maria não me engana, está querendo me aprontar alguma coisa e eu não vou deixar barato.

Vou mandar-lhe um presente para ver sua reação.

Chegando em casa, preparou uma bela cesta de presentes, cobrindo-a com um lindo papel, mas encheu-a de esterco de vaca.

“Eu adoraria ver a cara da dona Maria ao receber esse ‘maravilhoso’ presente.

Vamos ver se ela vai gostar dessa”.

Mandou a empregada levar o presente a casa da rival, com um bilhete:

“Aceito sua proposta de paz e para selarmos nosso compromisso, envio-te esse lindo presente”.

Dona Maria estranhou o presente, mas não se exaltou.

Que ela está propondo com isso?

Não estamos fazendo as pazes?

Bem, deixa pra lá.

Alguns dias depois dona Clotilde atende a porta e recebe uma linda cesta de presentes coberta com um belo papel.

É a vingança daquela asquerosa da Maria.

Que será que ela me aprontou!

Qual não foi sua surpresa ao abrir a cesta e ver um lindo arranjo das mais belas flores que podiam existir num jardim, e um cartão com a seguinte mensagem:

“Estas flores é o que te ofereço em prova da minha amizade.

Foram cultivadas com o esterco que você me enviou e que proporcionou excelente adubo para meu jardim.

Afinal, Cada um dá o que tem em abundância em sua vida”.

 

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