A superficialidade do amor romântico

13/08/2015 11:32

flores

Vivemos num tempo chamado pós-modernidade. Tal momento é recheado de características singulares que não houve em outros tempos. Podemos destacar o imediatismo, o estresse, a rapidez da informação e, também, a superficialidade nos relacionamentos. É exatamente essa última característica – que por sinal é prejudicial – que quero destacar.

A superficialidade do amor romântico é o que leva muitas pessoas a dizerem: “Não preciso de um pedaço de papel para provar que amo você”. Ou seja, o pensamento e a convicção que se tem é que o propósito de se casar e estabelecer uma família não contribui em nada para esse sentimento. E mais, esse aprofundamento na relação pode até prejudicá-lo, como se a ideia do casamento pudesse estragar toda essa euforia de um sentimento de paixão, que assemelha-se muito a um vento passageiro.

Quando a Bíblia fala de amor, não fala do quanto você deseja receber, mas o quanto você pode comprometer-se e doar-se até mesmo sacrificialmente pelo bem da outra pessoa. Não é algo que está ligado tão somente ao prazer e à “felicidade a qualquer custo”, mas também a um compromisso sincero e profundo com o outro.

Não estamos falando contra o romantismo, mas contra a visão deturpada e excludente que muitos têm ao relacioná-lo com o casamento. É possível, sim, vivermos um amor profundo, romântico, mas, ao mesmo tempo, compromissado e sacrificial, onde o “para sempre” está bem nítido e estampado nos corações.

Por isso, o amor não pode ser medido apenas pelo nível de desejo emocional, mas, também, pelo quanto se está disposto a aprofundar isso e sacrificar todas as outras opções pelo bem-estar do outro.

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