A confiança de um filho

15/09/2015 08:54

Foto: Internet

“…provou Deus a Abraão, e disse-lhe: Abraão! E ele disse: Eis-me aqui. E disse: Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá, e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi. Então falou Isaque a Abraão seu pai, e disse: Meu pai! E ele disse: Eis-me aqui, meu filho! E ele disse: Eis aqui o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto?” (Gênesis 22.2,7)

Faz algum tempo que Deus tem me levado a refletir e meditar na história de Abraão e seu filho Isaque, mas por um ângulo diferente daquele que é abordado habitualmente.

Ao longo da minha vida, tenho ouvido inúmeros sermões e ministrações referentes à fé extraordinária de Abraão e de como sua obediência incondicional influenciou povos de todas as gerações. Mas pouco tenho ouvido sobre a confiança que havia no coração de Isaque e sua atitude diante da ordem que Deus havia dado a seu pai Abraão.

Imagine-se no lugar de Isaque. Coloque-se naquela cena: Deus pede um sacrifício a seu pai, você sabe que ele obedecerá por ser temente ao Senhor. Então seu pai lhe chama para ir com ele a um lugar onde possa oferecer o sacrifício e adorar a Deus. E você não pensa duas vezes para ir, pois ama estar junto com seu pai.

Ao chegar no lugar determinado por Deus, seu pai prepara tudo que era necessário para realizar o sacrifício. E é nesse momento que você percebe que está faltando algo: o cordeiro para a oferta. Você questiona seu pai, ele diz que Deus vai prover esse cordeiro, mas então coloca você, seu filho amado, no lugar do cordeiro que seria sacrificado. Sente-se confuso?

Consegue agora imaginar o nó na cabeça de Isaque? Consegue imaginar o que ele sentiu ao descobrir era ele quem morreria para que seu pai provasse obediência a Deus? Não, não deve ter sido fácil. Ele era humano, sujeito às mesmas fraquezas que nós. Certamente não estava sentindo-se ‘confortável’. Mas qual foi a atitude de Isaque? Levantou-se e saiu correndo? Fugiu do seu pai? Sabemos que não. Acredito que morrer daquela forma não fazia parte dos planos daquele jovem rapaz, mas como um filho que confia completamente em seu pai, ele permaneceu firme até o fim. Ele estava disposto a morrer se isso fosse necessário para que se cumprissem os propósitos do Senhor.

Enquanto meditava nessa história, foi impossível não me impressionar com a confiança de Isaque em seu pai. Percebi que fé que o Senhor havia gerado no coração de Abraão, agora se tornava herança para Isaque, pois ele via e acreditava na importância do relacionamento que Abraão tinha com Deus.

Como descendentes de Abraão, será que também temos experimentado e vivido a fé que havia no coração de Isaque? Se fôssemos provados até a morte, ainda assim manteríamos a fé em Deus, permitindo que Ele cumprisse todos os seus propósitos?

Quantas vezes, por causa das lutas, provações e dificuldades, queremos fugir, desistir, abrir mão de tudo que Jesus conquistou por nós na Cruz? Será que temos mesmo confiado completamente em Deus a despeito de todas as circunstâncias e situações que tentam roubar nossa fé?

Quero desafiá-lo a ler todo o capítulo 22 de Gênesis, meditar nessa linda e real história permitindo que o Espírito Santo tenha liberdade para tratar seu coração e, se necessário, reacender em ti a fé no Senhor e nos planos que Ele tem para sua vida.

Ouse caminhar como um filho que confia plenamente em seu Pai. Ele aumentará sua fé à medida que esta for provada e usará seu testemunho para influenciar outras pessoas. O Espírito Santo o conduzirá a um nível cada vez mais profundo de intimidade e comunhão com o Senhor que tem o controle de todas as coisas e se agrada em abençoar todos que Nele confiam.

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