A Batalha de Todo Adolescente - O Jovem Cristão e o Sexo - Parte 1

03/08/2012 10:47
O jovem cristão e o sexo - parte 1

 

Talvez não exista um tema que mais interesse ao jovem cristão do que a questão sexual. Como ele deve se comportar frente às mudanças de paradigmas que a Igreja enfrenta hoje? Será que o que ele escuta, lê e vê sobre este assunto é a verdade? Tem relevância? Como um jovem cristão deve tratar este assunto no seu namoro, com seus pais, com os seus amigos? O que pensar? O que fazer? O que eu sinto é pecado? Será que o sexo é uma coisa "suja"?

Vamos caminhar um pouco pela história da criação do homem, seu propósito, o plano de Deus para o homem, em direção aos dias atuais. Como o sexo é visto por Deus? Qual é o grau de importância que devemos dar a este tema?
 


NATUREZA DO SEXO

Sexo é algo que não tem correspondência no mundo espiritual; não há nada equivalente ao sexo em Deus. É uma exclusividade dos seres criados, comuns aos homens e aos animais.

Deus criou macho e fêmea, com diferenças entre si, com o objetivo de eles se integrarem, e a Bíblia apresenta o fato como condição para a fecundidade, que é objeto de benção de Deus (Gn 1.28). A diferenciação sexual entre homens e mulheres, assim com o exercício da sexualidade, faz parte da criação original. O próprio Deus, que estabeleceu esta ordem, achou-a muito boa, conforme podemos ler em Gênesis 1.31.

Nas origens da criação humana (Gn. 1 e 2), o homem não foi modelado como um ser andrógino (hermafrodita) . O próprio Deus viu que não era bom que o homem ficasse só (Gn 2.18), e nenhuma das outras criaturas poderia ser sua companhia (Gn. 2.19,20). Então, criou a mulher, para lhe ser uma ajudadora idônea.

E Adão, vendo a obra de Deus, a mulher que Deus lhe deu, ficou extasiado! "Essa sim é osso dos meus ossos, carne da minha carne!"(Gn 2.23).

Aquela que foi retirada do próprio homem deve-se unir a ele, para que se tornem, novamente, uma só carne (Gn 2.24). Quem realizou a separação foi Deus, e é Deus quem deve fazer a união novamente. Mais tarde, Jesus reafirmou isto, dizendo que “o que Deus uniu o homem não separe” (Mt 19.4-6).

Portanto, o sexo fazia parte do plano original de Deus para a humanidade. Não foi um "plano B" para substituir o que não deu certo. Pense bem: como seria possível "crescer e multiplicar" e "sujeitar toda a terra" sem que houvesse reprodução, e esta sem o sexo?

SEXO NA MENTE

O sexo não é apenas algo mecânico, um mero encaixe de partes. Ele começa na mente. O desejo é despertado no interior da pessoa, em seus pensamentos. Estes desejos podem, posteriormente, tomar uma dimensão física ou não.

O que pode despertar o desejo sexual?
Imagens, sons, cheiros, sensações físicas... tudo isto pode despertar desejo em uma pessoa, seja ela do sexo masculino ou feminino.

Abrasar-se?
É inflamar-se, excitar-se, esquentar muito. No sentido bíblico, é uma incapacidade de controlar o desejo sexual. Paulo, em sua carta aos coríntios, disse que era "melhor casar do que abrasar-se". Mas, é claro, que ninguém deve casar para ter sexo autorizado, legalizado. Quem casa com este único objetivo, não deixa de cometer também impureza sexual: está-se agindo de forma egoísta, perdendo o propósito original do ato sexual, que é a comunhão. Uma relação sexual não pode estar baseada apenas no amor "eros", mas ele deve ser um complemento de um amor mais pleno, chamado de amor "ágape".
 
Lascívia?
É um comportamento indisciplinado e desregrado, um desprezo pelas restrições sexuais (Mc 7:21-22). São pensamentos ou atos totalmente imorais.
 
Impureza sexual?
Normalmente está relacionada às formas de sexo não permitidas pela palavra de Deus, como a prostituição, o adultério, a fornicação, o homossexualismo, sexo com crianças, com animais, etc. Mas ela não é restrita somente ao sexo fora do casamento; pode haver impureza sexual dentro dele também. Quando marido e mulher se utilizam de outros artifícios para se excitarem, como o uso de pornografia, ou fetiches degradantes a um dos cônjuges, troca de casais, ou a violação da vontade de um deles, a impureza se faz presente também.


Coninuaremos na semana que vem...

 

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