A Batalha de Todo Adolescente... Despedida de Ana e Mia!

14/11/2014 10:13

A história de superação de hoje é da Viviane Barrichelo, de 22 anos. Este depoimento reforça a importância do tratamento e do apoio da família e de amigos. Além disso, revigora a ideia de que “sim, você consegue superar qualquer obstáculo”.

Viviane mora em Campinas (SP) e está no 6º semestre da Faculdade de Cinema. No curso, ela fez um curta metragem contando um pouquinho da sua história e de como se sentia quando teve anorexia.  (Assista no final)

Conheçam a história e a luta de Viviane!

Nunca havia aceitado meu corpo. Não importava se era mais gordinha ou magrinha, sempre encontrava uma forma de colocar defeito e criticar algo.

Aos 17 anos, com 1,70m e pesando 58 kg, resolvi que precisava emagrecer. No início, me contentava em chegar aos 54 kg. Essa foi minha primeira meta, mas neste momento ainda sentia prazer em comer.

Mas chegou uma hora que não era mais suficiente, precisava perder mais e mais. Minha próxima meta foi 45 kg. Dias sem comer ou, se comia, ingeria pouquíssimas calorias.

Logo, comer se tornou o maior sacrifício. Me afastei dos meus amigos, vi minha família sofrer por minha causa. Eu pensava que não podia mais sair daquela situação, porque significava ter que comer e isso me matava por dentro.

Aos 38 kg, meus pais perceberam que não tinha mais como deixar passar. Era hora de pedir ajuda. Me levaram ao psiquiatra, fiz o tratamento sem reclamar…  Não queria ficar internada. Porém, durante o tratamento, quanto mais peso eu ganhava, mais culpada me sentia. Foi assim que comecei com a automutilação. Era só eu comer, que ia me cortar.

Mas com ajuda dos médicos, da família e de amigos, consegui superar a anorexia e a automutilação. Hoje, as pessoas me aceitam como sou e mais importante do que isso, EU me aceito como sou.

Hoje aos 22 anos, as cicatrizes que carrego são a minha força para nunca recair. São lembranças de uma fase que me fez crescer e me amar.

Acredito que essas histórias servem para ajudar pessoas que estão lutando contra os transtornos alimentares que com certeza buscam incentivos e inspirações, aquela luz no fim do túnel, que é tão difícil de encontrar [mas existe!]. E elas nos mostram que sim, é possível vencer.

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