A Batalha de Todo Adolescente...Automutilação: Vou ser internada e agora?

12/07/2013 10:34

 

 

Quando alguém anda constantemente de manga comprida, mesmo no Verão, com temperaturas escaldantes, ostenta cicatrizes ou lesões reiteradas que não consegue explicar, se isola e evita situações de exposição do próprio corpo, como ir à praia ou à piscina, é de desconfiar que se auto-mutile.


A automutilação consiste num comportamento (dependência) em que se auto-inflige sofrimento físico através de facas, tesouras, pontas de cigarro e outros elementos de tortura, aplicando cortes e queimaduras no próprio corpo, a fim de que essa dor possa, de algum modo, mitigar o tormento de que a parte psicológica está a padecer.

A angústia, a sensação de vazio e de incompletude, apresentam-se de tal forma acutilantes, que quem se auto-mutila acha que só mesmo um sofrimento maior pé que pode apagar um outro que o próprio não sabem gerir.


Embora se trate de um ato de agressividade auto-dirigida, o objectivo da automutilação é a relativização física da dor psicológica e emocional.

Na base da automutilação está uma muito fraca auto-estima e a crença de que o sofrimento é merecido.

A auto-punição física é disto um sinal.

Ao contrário do que se possa pensar, contudo, este não é um comportamento exibicionista, pois na sua maioria, os doentes procuram áreas do corpo mais escondidas e que possam ser cobertas com peças de vestuário, para esconderem as suas cicatrizes.

Paralelamente, os atos são praticados na intimidade do quarto e do banheiro, longe dos olhares de terceiros.

A automutilação pode também aparecer em concomitância com distúrbios alimentares, pelo que estar atento de forma a detectar os sinais de alerta destes distúrbios, pode ser passível de fazer a diferença entre a vida e a morte.

Os doentes procuram esconder os cortes e queimaduras enquanto podem, como um segredo que lhes confere poder, controlo.

Muitos são os casos de automutilação que, todos os dias, dão entrada nas urgências dos hospitais, sem acepção de faixas etárias ou género.

A automutilação decorre do não desenvolvimento de estratégias saudáveis para lidar com a angústia, revelando uma fragilidade na construção da personalidade.

Este hábito, tornado num padrão, é extremamente difícil de abandonar, pois a tendência será, invariavelmente, socorrer-se deste expediente para aliviar a pressão cada vez que a vida puser à prova indivíduos com tendência para tal compulsão.



Existem, no entanto, saídas para esta doença que desafia a morte em cada golpe e em cada gesto de extinção da sua própria pessoa.

Conversando com uma adolescente que passa por isso, ela me disse que tinha uma consulta dia x com um psiquiatra e estava com muito medo de ficar internada.

Então, fui pesquisar sobre internação e vi que as vezes é a única saída, e é normal em alguns casos...vejamos mais:

Embora , muitas vezes, seja o choque da descoberta, aliado a uma sensação de não saber o que fazer, que leva muitas famílias a procurar o internamento do seu familiar para a auto-mutilação, noutras é o próprio “doente” que se vê a braços com a sua impotência e lança um pedido de ajuda, vendo num centro de tratamento a sua derradeira esperança.


O internamento para a auto-mutilação favorece a proximidade do doente com um grupo de pacientes com diferentes dependências e com os profissionais especializados, e da sua família com a equipa terapêutica e com ele próprio, mediante a informação e a sensibilização que lhe serão proporcionadas.



Aí é fundamental restabelecer os laços afetivos do paciente com a família, que, por inabilidade, distracção, ou o que for, podem ter sido negligenciados, levando ao sentimento de abandono e ao isolamento.

Este constitui um dos objetivos do internamento para a automutilação, dando tempo e espaço ao paciente e à família para se reestruturarem e criarem condições propícias à mudança.

Por outro lado, o internamento oferece ao indivíduo a possibilidade de se inserir numa outra família, mais alargada, mais diversa, que é o grupo com o qual interagirá durante o tempo de permanência em tratamento.


As terapias que ajudarão o paciente a identificar formas mais eficazes de lidar com as frustrações, os dinamismos com os outros membros do grupo e as actividades de lazer e desportivas, são alguns pontos fortes do internamento, que contribuirão, de modo seguro, para o desenvolvimento das potencialidades do adicto e para a construção de uma auto-estima sólida rumo a uma vida saudável.

...Então, não é preciso o medo...é algo normal e que pode te ajudar e muito.

Lembrando...O motivo que escrevo é para tentar ajudar.
Se vc conhece alguém que passa por isso, tente ajudar conversando e sendo amigo.
Se vc é uma pessoa que se corta, eu quero conversar, quero tentar te ajudar de alguma forma.
Me procura, me conte, desabafe.
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