Olhe para o céu

19/04/2016 11:20

Foto: pixabay.com

“Mas Estêvão, cheio do Espírito Santo, fitou os olhos no céu e viu a glória de Deus e Jesus, que estava à sua direita, e disse: Eis que vejo os céus abertos e o Filho do Homem, em pé à destra de Deus. Eles, porém, clamando em alta voz, taparam os ouvidos e, unânimes, arremeteram contra ele. E, lançando-o fora da cidade, o apedrejaram. As testemunhas deixaram suas vestes aos pés de um jovem chamado Saulo. E apedrejavam Estêvão, que invocava e dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito! Então, ajoelhando-se, clamou em alta voz: Senhor, não lhes imputes este pecado! Com estas palavras, adormeceu” (Atos 7.55-60).

O relato bíblico diz que Estêvão, cheio do Espírito, fitou os olhos no céu. Algo que o Espírito Santo vai operar em nós à medida que nos rendemos a Ele é tirar nossos olhos do chão para o céu; das coisas terrenas para as celestiais. Estêvão foi o primeiro mártir e nos deixou um modelo perfeito de vitória sobre o inimigo: seus olhos estavam em Deus, não no que é terreno.

E neste texto tenho descoberto um princípio espiritual figurado muito forte: quando nossos olhos estão no Senhor, somos anestesiados para os ataques malignos contra nossa vida! Estêvão foi milagrosa e sobrenaturalmente anestesiado por
Deus contra as pedradas que o mataram; o texto diz que enquanto o apedrejavam ele invocava ao Senhor e orava, e mais: diz que ele se colocou de joelhos, e à semelhança de Cristo na cruz, pediu que o pecado de seus assassinos fosse perdoado.

Ninguém que está sendo apedrejado faz isso; nossa imediata reação é cobrir o rosto e se proteger como puder; mas os olhos de Estêvão não estavam em si mesmo, estavam nos céus, e em razão disso podemos dizer que ele foi fortalecido por Deus, ou até mesmo que foi “anestesiado”. Seria impossível em condições normais ele se ajoelhar e ficar olhando para o alto sem se defender, mas algo aconteceu com ele.

E quando colocamos os nossos olhos no Senhor, independentemente de que tipo de situação estamos enfrentando, algo também acontecerá conosco; seremos confortados e anestesiados pelo Senhor, e Satanás não será vitorioso. Pelo contrário, nós é que seremos mais que vencedores! No caso de Estêvão, o que veio além da vitória não foi o tratamento,
pois ele passou à glória celestial, mas além de vencedor ele recebeu um galardão mais glorioso. É isso que acontece com os mártires; Hebreus 11.35 diz que alguns não aceitaram seu livramento porque visavam uma maior recompensa.

Quando passamos pelas provas e tribulações, Deus não somente nos prepara a vitória que inevitavelmente virá, mas usa o tempo em que nela estamos para tratar com nossa alma. O Senhor lida com todo apego excessivo que temos nas coisas terrenas e nos ensina a ter os olhos n’Ele. Isso é ser mais que vencedor. É ser tratado por Deus e chegar ao fim da adversidade melhor do que entramos.

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